Maior evento com os lançamentos e tendências do setor de moda infantil da América Latina, a "FIT 0/16" será realizada entre os dias 7 e 10 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo. A feira ocorre em momento favorável para o setor, já que estimativas preliminares do IEMI Inteligência de Mercado - especializado em estudos de mercado de vestuário - apontam que o vestuário infantil e bebê deve movimentar mais de R$ 53 bilhões no varejo em 2018, receita 7,9% maior em relação ao ano passado. No volume, as projeções para este ano apontam a comercialização de 1,5 bilhão de peças, crescimento de 4,8% sobre 2017.
As boas perspectivas de 2018 revelam a continuidade de um ciclo positivo para o vestuário infantil e bebê. No ano passado, a receita dos varejistas já havia acumulado alta de 13,1% em comparação a 2016, chegando a R$ 49,1 bilhões. O crescimento foi atribuído a recuperação do número peças comercializadas, atingindo 1,4 bilhão de peças em 2017, 4% superior ao ano anterior.

Segundo Marcelo Prado, diretor do IEMI, este é um momento estratégico para a consolidação do segmento de moda infantil no País, que após os resultados de 2014 vivenciou queda de 8,5% no varejo e 6% na indústria nos anos de crise (2015 e 2016). Embora as expectativas sejam positivas para 2018, o executivo relata que muitas lojas ainda não estão ofertando um mix adequado de produtos a seus consumidores.
"Mais do que nunca, o varejista precisa investir na diversificação de produtos, disponibilizando novidades e ofertas com uma larga amplitude de preços. Com isso, é possível garantir aos clientes itens diferenciados e atraentes, naturalmente mais caros, mas que estimulem o consumo", avalia Prado.
O executivo alerta que o lojista também não deve deixar de contar com uma linha robusta de básicos e casuais com preços acessíveis. "O importante é atender todo tipo de público. A partir de agora, o varejo precisa virar a página da crise e voltar todo o seu foco para as oportunidades e desafios que este mercado tem a oferecer", finaliza.
Indústria
Ainda de acordo com estudo recém-lançado pelo IEMI, a produção também deve registrar crescimento de 3,5% sobre 2017, acima dos 2% projetados para o vestuário em geral. Já sobre a receita da produção, é estimado acréscimo de 8,7% em 2018 comparado ao ano passado, índice também superior ao mercado em geral, que deve apresentar alta de 6,2%.
O cenário vem embalado pelos resultados alcançados em 2017, no qual a produção de moda infantil e bebê, em volumes, apresentou alta de 3% (1,5 bilhão de peças). O crescimento foi equivalente à produção de vestuário em geral, onde houve aumento de 3,2% (5,9 bilhões de peças) sobre 2016. Em valores, a produção de moda infantil cresceu 11,4% sobre 2016 (R$ 28,6 bilhões), e a produção de vestuário em geral aumentou 11,3% (R$ 135,2 bilhões) também em relação ao ano anterior.
Mercado de moda infantil e bebê no Brasil (em 1.000 peças) |
. Descrição | 2016 | Variação (%) | 2017 | Variação (%) | 2018 (1) | Variação (%) (1) |
Produção | 1.415.371 | -2% | 1.457.324 | 3,0% | 1.508.330 | 3,5% |
Importação | 79.478 | -23% | 95.539 | 20,2% | 118.416 | 23,9% |
Exportação | 8.474 | 4% | 9.116 | 7,6% | 6.428 | -29,5% |
Consumo aparente (2) | 1.486.374 | -4% | 1.543.747 | 3,9% | 1.620.317 | 5,0% |
Partic. importado (%) (3) | 5,30% | - | 6,20% | - | 7,30% | - |
Partic. exportado (%) (4) | 0,60% | - | 0,60% | - | 0,40% | - |
Fonte: IEMI
Notas:
(1) Valores estimados
(2) Consumo aparente = produção + importação - exportação
(3) Participação do importado = importação sobre o consumo aparente
(4) Participação do exportado = exportação sobre a produção nacional
Sobre o IEMI Inteligência de Mercado
Criado em 1985 para atender a demanda das indústrias e entidades de classe por dados numéricos e comportamentais relativos aos seus segmentos, bem como para ajudar a sustentar o planejamento de suas ações, o IEMI Inteligência de Mercado tornou-se a principal fonte de informações para os mercados têxtil, de vestuário, calçadista, moveleiro e de colchões. Atuando em todo território nacional, a empresa contribui para o desenvolvimento de seus clientes na realização de estudos e pesquisas nos principais mercados. Privilegiando a qualidade de seus serviços, métodos, procedimentos e atitudes, o IEMI é pautado pelos mais elevados padrões éticos, zelando pela credibilidade e transparência na condução dos seus trabalhos.